19 de abril de 2024 - 22:39

Cultura

Novos escritores de Cuiabá.

 

Todo mal traz um bem, dizem os otimistas. Misture pandemia, confinamento, isolamento, trabalho em casa, criatividade e fé e uma jornalista se transforma em escritora.

Giulianna Altimari no tempo de reclusão alinhavou ensinamentos sobre o uso das velas, das cores, dos rituais e mandalas da Umbanda, em livro publicado pela Umanos Editora, ainda neste semestre: Rituais da Umbanda: velas e símbolos.

Cada Orixá, (manifestação da força de Deus), tem sua cor, sua música, seu ritual e orações próprias com as velas de cores correspondentes. O povo brasileiro é a soma das culturas indígenas, europeias e africanas, e nos últimos anos com pitadas da sabedoria asiática.

Místico, religioso, ritualista, supersticioso, o brasileiro tem uma natural curiosidade pelas energias do astral, que podem ser conhecidas dentro das mais diversas linhagens espirituais. Somos a nação mais católica, mais evangélica e mais espírita do mundo. Assim os livros que abordam este tema têm um interesse garantido perante o público leitor.

A mini biografia na orelha do livro, informa que Giulianna Altimari, natural de Penápolis SP, é bacharel em Direito, colunista social e radialista, comunicadora, psicoterapeuta holística com especialidade em abordagens terapêuticas, anatomia energética, aromaterapia, cromoterapia, terapia com florais de Bach, cristais, radiestesia, meditação, musica e Shiatsu.

Iniciada mãe de santo na Umbanda, por Maria José Matos fundadora do Centro Espírita Pai Jeremias em Cuiabá, onde atende também no Centro Nossa Senhora do Carmo (Jardim Imperial). Em chapada dos Guimarães fundou o Centro Espírita Santa Sara Kali e São Francisco de Assis. Devota de Santa Sara Kali, realiza todos os anos a Festa Cigana em homenagem a este povo musical e sem fronteiras. Conduzida pela mãe Wanira Altimari, estudou Kardec, e na Umbanda encontrou seu caminho espiritual. Seguindo a tradição de família, ensina para Paola Altimari, sua única filha, o caminho da sensibilidade e os princípios básicos da religião, continuando a tradição.

Para alinhar conceitos de matrizes tão diferentes e manter o ‘pé no chão’ da realidade, a autora pesquisou nos Centros Espíritas de Umbanda “Pai Jeremias”, “Nossa Senhora do Carmo”, “São Francisco de Assis”, as práticas espirituais que ornam o conteúdo do livro, sistematizando e atualizando o conhecimento desta fé.

A seguir, fez o levantamento bibliográfico das informações coletadas nos templos acima, para melhor identificação das praticas e rituais adotados nos terreiros. Para a digitalização das informações da pesquisa bibliográfica, foi ajudada pelo advogado Dionildo Gomes Campos, também médium e terapeuta, que dividiu em tópicos e capítulos os temas abordados.

João Almeida, geógrafo, professor e fotógrafo, fez o registro visual, reproduzindo em cores, as mandalas, velas, e oferendas utilizadas nos costumes tracionais dos centros espíritas por seu participantes, consulentes, crentes e aprendizes.

Toda a edição do livro, terá distribuição gratuita nas bibliotecas, escolas, centros de cultura de matriz africana e Centros Espíritas, para melhor conhecimento destas tradições que enriquecem o jeito brasileiro de ser. A Lei Aldir Blanc, veio abrir caminho aos noveis escritores, que exercitam o estudo, a pesquisa, a criatividade colocando no papel a sensibilidade, a visão de mundo, expressando a fé individual. Tudo feito sob a coordenação de Gilda Portella que atuou com total dedicação na criação da obra que foi feita pelo criterioso olhar da equipe da Editora Umanos. Todos os livros foram disponibilizados para instituições, bibliotecas, centros espiritas, entre outros. Devido a pandemia não houve uma cerimonia de lançamento para evitar aglomerações. 


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